Pode parecer um contrassenso, mas apesar do nome, o "sal rosa do Himalaia" nem sempre vem diretamente da cordilheira do Himalaia. A maior parte desse sal é extraída da mina de sal de Khewra, que fica na região de Punjab, no Paquistão, a aproximadamente 300 km do Himalaia.
Esse sal é conhecido por sua coloração rosada, que vem da presença de minerais como ferro, cálcio, potássio e magnésio. Embora seja comercializado como algo raro e especial, ele é, na verdade, bastante abundante na região.
Então, tecnicamente, o sal rosa do Himalaia não vem exatamente das montanhas do Himalaia, mas sim de depósitos próximos a elas.
O sal rosa do Himalaia comercializado no Brasil pode apresentar variações significativas de qualidade. Estudos realizados em 2022 analisaram 71 amostras desse produto em 13 cidades do estado de São Paulo e revelaram que 56% delas possuíam teores de iodo insatisfatórios, sendo que 28% não continham iodo algum. Essa deficiência é preocupante, pois o iodo é essencial para a prevenção de distúrbios relacionados à sua carência.
Além disso, a Anvisa determinou o recolhimento de lotes específicos de sal rosa do Himalaia de algumas marcas devido a irregularidades nos teores de iodo.
Para garantir a autenticidade do sal rosa do Himalaia, algumas dicas podem ser úteis:
Aparência: O sal verdadeiro apresenta coloração que varia entre rosa claro e transparente. Tons muito escuros podem indicar a presença de corantes artificiais.
Teste da água: Ao dissolver uma pequena quantidade do sal em um copo com água, a solução deve permanecer clara. Se a água adquirir tonalidade rosada, isso pode sugerir adulteração com corantes.
É importante destacar que, embora o sal rosa do Himalaia contenha minerais como ferro, cálcio, potássio e magnésio, a diferença na quantidade de sódio em comparação ao sal refinado é mínima. Portanto, seu consumo deve ser moderado, assim como o do sal comum.
Diante dessas informações, ao adquirir sal rosa do Himalaia no Brasil, é recomendável verificar a procedência do produto, optar por marcas reconhecidas e estar atento às notificações de órgãos reguladores para assegurar a qualidade e a segurança do alimento.
O melhor sal para o consumo humano depende de fatores como a qualidade nutricional, a presença de minerais essenciais e a quantidade de sódio. Cada tipo de sal tem suas vantagens e desvantagens, e a moderação no consumo é fundamental para manter a saúde. O ideal é consumir menos de 5 gramas de sal por dia (aproximadamente 1 colher de chá) conforme a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS)
Aqui vai uma análise dos principais tipos de sal:
1. Sal Marinho (não refinado)
Mais natural e menos processado que o sal refinado.
Contém minerais como magnésio, cálcio e potássio.
Possui sabor mais suave.
Pode conter impurezas se não for bem filtrado.
Não é iodado naturalmente (a menos que seja adicionado iodo).
Ideal para quem busca um sal menos processado, com leve teor mineral.
2. Sal Iodado (Refinado)
É acessível e amplamente disponível.
No Brasil, adição de iodo é obrigatória, pois o iodo é essencial para prevenir problemas na tireoide (ex.: bócio).
Mas, passa por um processo de refinamento que remove minerais naturais, e pode conter aditivos químicos para evitar umidade.
Ideal para quem precisa garantir a ingestão adequada de iodo.
3. Sal Rosa do Himalaia
Contém até 84 minerais em pequenas quantidades (ex.: ferro, magnésio, potássio).
É menos processado que o sal comum. Mas, a diferença de sódio em relação ao sal comum é mínima, e algumas marcas podem ser falsificadas ou ter baixo teor de iodo.
Ideal para quem busca um sabor mais suave e variedade mineral, mas deve-se garantir a procedência.
4. Sal de Flor de Sal
Mais puro e natural, sem aditivos, rico em minerais e com sabor delicado. Mas possui custo elevado e não é iodado.
Ideal para finalização de pratos gourmet em pequenas quantidades.
5. Sal Light
Possui menor teor de sódio (mistura de cloreto de sódio e cloreto de potássio) e, por isso é recomendado para pessoas com hipertensão ou retenção de líquidos.
Mas, não é indicado para pessoas com doenças renais (devido ao potássio), e pode ter sabor metálico para algumas pessoas.
Ideal para quem precisa reduzir o consumo de sódio sob orientação médica.
Mas atenção às diferenças: o sal marinho não refinado e o sal grosso para churrasco não são exatamente a mesma coisa, embora ambos sejam tipos de sal. Aqui estão as principais diferenças:
6. Sal Marinho Não Refinado
- Origem: Extraído da evaporação da água do mar.
- Processamento: Passa por mínima ou nenhuma purificação, mantendo seus minerais naturais como magnésio, potássio e cálcio.
- Textura e Cor: Geralmente mais úmido, com cristais irregulares e uma coloração que pode variar do branco ao acinzentado.
- Uso: Ideal para temperar pratos prontos, saladas ou receitas que valorizam o sabor natural e os nutrientes adicionais.
7. Sal Grosso para Churrasco
Pode vir de minas de sal (sal de rocha) ou do mar.
Processamento: Geralmente é mais processado do que o sal marinho não refinado, mas ainda em grãos grandes.
Textura e Cor: Cristais grandes e secos, brancos e uniformes.
Uso: Muito usado para temperar carnes antes ou durante o churrasco, pois ajuda a selar a superfície e realçar o sabor.
8. Sal de Mossoró
É um tipo de sal marinho produzido na região de Mossoró, no Rio Grande do Norte, Brasil. Essa região é responsável por aproximadamente 95% da produção de sal marinho do país, devido ao clima quente, alta incidência solar e ventos fortes, condições ideais para a evaporação da água do mar e a cristalização do sal.
Extraído a partir da evaporação da água do mar em salinas naturais, passa por processamento mínimo, mantendo traços de minerais como magnésio, cálcio e potássio (embora em menor quantidade que o sal rosa).
É iodado por lei - No Brasil, todo sal de cozinha deve conter iodo para prevenir doenças relacionadas à deficiência de iodo, como o bócio.
É um produto sustentável, produzido por processos de evaporação solar, com baixo impacto ambiental e tem preço acessível: é geralmente mais barato que sais gourmet, como o sal rosa ou a flor de sal.
Mas, apresenta sódio em alta concentração: Assim como outros tipos de sal, o consumo excessivo pode causar hipertensão e retenção de líquidos.
Devido ao refino pode apresentar perda de alguns minerais benéficos.
Se você deseja um sal mais puro e artesanal, também há opções de flor de sal de Mossoró, que preserva melhor os minerais e tem um sabor mais delicado.
Já o sal marinho grosso é menos processado - Mantém mais minerais naturais (como magnésio e potássio) em comparação com o sal refinado.
Possui sabor mais intenso - Os cristais maiores liberam o sabor lentamente, o que é ótimo para finalizações de pratos.
E apresenta menos aditivos - Geralmente não contém agentes antiumectantes ou iodados artificiais.
No entanto, não dissolve facilmente - Não é ideal para receitas que exigem uma dissolução rápida, como massas ou bolos.
Apresenta iodo em baixas concentrações- Pode não ser a melhor opção se você precisa garantir a ingestão adequada desse nutriente essencial para a saúde da tireoide.
Em excesso, pode deixar os pratos com partes dos alimentos salgadas demais.
É melhor se usado para temperar carnes antes de grelhar ou assar (crostas de sal),
ou para finalizar pratos para um toque crocante.
Se você busca um sal mais natural para uso culinário e não tem restrições médicas, ele é uma ótima opção!
Qual é o Melhor Sal
Para a maioria das pessoas, o sal iodado comum é o mais indicado, pois garante a ingestão de iodo essencial para a saúde da tireoide.
Se você busca alternativas mais naturais e está atento à ingestão adequada de iodo, o sal marinho ou o sal rosa autêntico são boas opções.
Em casos de hipertensão, o sal light pode ser benéfico, mas sempre sob recomendação médica.
O sal grosso para churrasco costuma ser mais processado e tem grãos maiores e mais secos, enquanto o sal marinho não refinado é mais natural, úmido e preserva mais minerais. Ambos podem ser usados para cozinhar, mas cada um tem suas características específicas.Bottom of Form
O sal de Mossoró é uma opção saudável dentro do consumo moderado, pois é natural e contém iodo, essencial para a saúde da tireoide. Ele é comparável ao sal marinho de outras regiões e, quando usado em pequenas quantidades, atende bem às necessidades diárias.
Prefira sempre versões menos refinadas e sempre verifique se o produto possui o selo de controle de qualidade da Anvisa para garantir o teor de iodo adequado.
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